No início o lugar não tinha nome. Eram terras próximas ao Arroio Jacaré, lá em junho de 1898. As terras foram loteadas e os primeiros imigrantes construíram uma Capela em louvor a Santo Antônio. E aquele lugar que não tinha nome passou a ser Santo Antônio do Jacaré.
No ano seguinte começaram a chegar famílias; os sobrenomes indicando sua origem italiana. Eram Cagliari, Benini, Bergamaschi, Pavan e outros. “Tutti buona gente”.
Era uma vida dura, duríssima. Comércio só existia em Encantado e Lajeado, distantes mais de 50 quilômetros. O transporte das mercadorias era feito nos lombos das mulas. A viagem aos centros comerciais, às vezes, durava dois dias de ida e dois de volta. Mas, apesar dos pesares, o progresso acontecia.
Vinte e um anos depois, em 1919, o povoado já tinha 22 prédios e 122 habitantes e tinha centro telefônico! Em 1930 havia energia elétrica! Aos poucos, a pequena comunidade progredia, com a colaboração e força de vontade do seu povo.
A Capela foi promovida à Paróquia e o primeiro Padre Vigário, João Marchesi, chegou em fevereiro de 1934. Em 1935 o povoado vira Distrito, denominado Santo Antônio de Gramado. O nome surge por haver, na praça central, uma grande mancha de grama.
E, finalmente, em 1938, o Distrito passa a ter oficialmente o nome de Relvado que, como sabemos, dura até hoje. Com o crescimento local chegam as novas ideias, entre elas a discussão política de emancipar Relvado. Em 10 de abril de 1988 acontece o plebiscito e o “sim” ganha disparado. Em 9 de maio de 1988, a Lei nº 8.604 cria o Município de Relvado, que é nossa paixão até hoje.